Geografia- Economia cafeeira e industrialização do Brasil - 7o. Ano- Professor Dayve

 


 ESCOLA MUNICIPAL: MARIA VIEIRA BARBOSA

ANO: 2021

 SEMANA: 12/04 a 16/04/2021

IDENTIFICAÇÃO DA TURMA/MÓDULO: 701,702,703,704

PROFESSOR: DAYVE ALEXANDRE FERNANDES

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

OBJETOS DE CONHECIMENTO: Produção, circulação e consumo de mercadorias.

HABILIDADES: (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.

CARGA HORÁRIA: 2 HORAS                              

DIA (S) DA (S) SEMANA: sexta-feira  16/04 – 1º e 2º horário

 

ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃO: FAZER A LEITURA DO TEXTO, COPIAR E RESPONDER AS QUESTOES DO EXERCÍCIO.




 

         Economia cafeeira e industrialização do Brasil

A cultura do café constituiu, no período da República Velha, sobretudo na fase conhecida como “república dos oligarcas” (1894-1930), o principal motor da economia brasileira. Esse produto liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos. O estado de São Paulo capitaneava a produção de café neste período e também determinava as diretrizes do cenário político da época. Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a industrialização.

 

Desde a segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então, tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos. Em 1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos.

Algum tempo depois, especificamente após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se dirigiu ao Brasil. Nessa época, a economia cafeeira se transformou num complexo econômico com várias extensões. Os imigrantes que vinham à procura de trabalho nas lavouras de café acabavam, muitas vezes, deslocando-se para os núcleos urbanos que começavam a despontar nessa época. O processo de urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, em linhas gerais, para facilitar a distribuição e o escoamento do café, que era direcionado à exportação. A ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fluido esse processo.

A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador Boris Fausto, em sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos assalariados e outras fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do imigrante com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.

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Atualmente, São Paulo é um dos maiores centros urbanos do mundo com grandes indústrias e forte comércio.*

Por volta de 1880, já existia a presença de várias fábricas no Brasil, mas sem uma estrutura realmente significativa. Contudo, por volta das décadas de 1910 e 1920, as atividades industriais já eram bastante expressivas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por meio da intensa exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno brasileiro, várias estruturas de maquinário fabril também aportavam em terras brasileiras, já que muitos produtores de café também passaram a investir nas fábricas.

Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos setores: têxtil (produção de tecido), de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu decisivamente para a que indústria se desenvolvesse no âmbito dos setores referidos. E, para que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do valor da moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o principal produto de exportação, o café, desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes, o governo brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra que apenas na Era Vargas, a partir da década de 1930, é que se teve no Brasil uma política econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial pleno.

Vale notar, porém, que nos centros urbanos, além da proliferação de fábricas e trabalhadores assalariados, formou-se também nesse período as primeiras organizações de trabalhadores com fins de protesto por melhores condições de trabalho, dentre outras exigências. O anarco-sindicalismo se tornou notório entre os trabalhadores brasileiros na década de 1920, influenciados pelas ideias dos anarquistas italianos da mesma época, que aqui chegavam por meio dos imigrantes italianos com experiência no trabalho fabril.

1) Quando que a cultura do café constituiu o principal motor da economia brasileira?

2) Nessa época, o café, que liderava a exportação nesse período, era seguido de quais produtos?

3) Nessa época, qual era a importância do estado de São Paulo?

4) Cite os três processos que se complementam, resultantes da economia cafeeira?

5) Qual foi o motivo que fez com que desde a segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império, a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro?

6) Quais foram os fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos?

7) Como o processo de urbanização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, em linhas gerais?

8) O que a presença dos imigrantes nos centros urbanos proporcionou?

9) O que a junção dessas novas formas de trabalho do imigrante com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu?

10) Explique como as atividades industriais já eram bastante expressivas por volta das décadas de 1910 e 1920.

11) Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados a quais setores?

 

12) O que se teve no Brasil na Era Vargas, a partir da década de 1930?

 


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