Revisão de Geografia- 7o.Ano- Manhã- prof. Dayve

 

                     

                               Geografia

ESCOLA MUNICIPAL: MARIA VIEIRA BARBOSA

 

AN

DATA: 05/04 a 10/04

IDENTIFICAÇÃO DAS TURMAS: 701, 702, 703, 704

PROFESSOR: DAYVE ALEXANDRE FERNANDES

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA

CARGA HORÁRIA: 2hs

ORIENTAÇÕES DE EXECUÇÃO: COPIAR E RESPONDER NO CADERNO.


 Leia o texto abaixo, copie e responda às perguntas.

                                                Economia Cafeeira

 

 

 

A história da economia durante o Segundo Reinado perpassa inevitavelmente pelo processo de expansão de um novo gênero agrícola: o café. Desde os meados do século XVIII esse produto era considerado uma especiaria entre os consumidores europeus. Ao longo desse período, o seu consumo ganhou proporções cada vez mais consideráveis. De acordo com alguns estudiosos, essa planta chegou ao Brasil pela Guiana Francesa nas mãos do tenente-coronel Francisco de Melo Palheta.

Na segunda metade do século XVIII, por volta de 1760, foram registrados os primeiros relatos noticiando a formação de plantações na cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense as melhores condições de plantio foram encontradas ao longo de uma série de pântanos e brejos ali encontrados. No final desse mesmo século, as regiões cariocas da Tijuca, do Corcovado e do morro da Gávea estavam completamente tomadas pelas plantações de café.

O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava. As propriedades contavam com uma pequena roça de gêneros alimentícios destinados ao consumo interno, sendo as demais terras inteiramente voltadas para a produção do café.

A produção fluminense, dependente de uma exploração sistemática das terras, logo começaria a sentir seus primeiros sinais de crise. Ao mesmo tempo, a proibição do tráfico de escravos, em 1850, inviabilizou os moldes produtivos que inauguraram a produção cafeeira do Brasil. No entanto, nesse meio tempo, a região do Oeste Paulista ofereceu condições para que a produção do café continuasse a crescer significativamente.

Os cafeicultores paulistas deram uma outra dinâmica à produção do café incorporando diferentes parcelas da economia capitalista. A mentalidade fortemente empresarial desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira. Muitos deles investiam no mercado de ações, dedicavam-se a atividades comerciais urbanas e na indústria. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorriam a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações.

O curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente para encerrar as constantes crises econômicas observadas desde o Primeiro Reinado. Depois de se fixar nos mercados da Europa, o café brasileiro também conquistou o paladar dos norte-americanos, fazendo com que os Estados Unidos se tornassem nosso principal mercado consumidor. Ao longo dessa trajetória de ascensão, o café, nos finais do século XIX, representou mais da metade dos ganhos com exportação.

A adoção da mão-de-obra assalariada, na principal atividade econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à nossa economia interna. Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) e o nascimento de novos setores de investimento econômico no comércio e nas indústrias. Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil.

A predominância desse produto na economia nacional ainda apresenta resultados significativos no cenário econômico contemporâneo. Somente nas primeiras décadas do século XX que o café perdeu espaço para outros ramos da economia nacional. Mesmo assinalando um período de crescimento da nossa economia, o café concentrou um grande contingente de capitais, preservando os traços excessivamente agrários e excludentes da economia nacional.

 

1) Desde meados do século XVIII, o que o café era considerado?

2) Quando foram registrados os primeiros relatos registrando plantações de café na cidade do Rio de Janeiro?

3) O que o pioneirismo das plantações cariocas alcançou?

4) Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, como essas plantações foram sustentadas?

5) O que a proibição do tráfico de escravos em 1850 inviabilizou?

6) No entanto, nesse meio tempo, o que a região do Oeste Paulista ofereceu?

7) O que a mentalidade fortemente empresarial dos fazendeiros paulistas introduziu?

8) Para suprir a falta de escravos, o que os fazendeiros atraíram e a que recorriam?

9) Em que o curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente?

10) Depois de se fixar nos mercados da Europa, o que aconteceu com o café brasileiro?

11) Ao longo dessa trajetória de ascensão, o que o café, nos finais do século XIX, representou?

12) O que o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou?

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