Islamismo
Islamismo, que
é a segunda maior religião do mundo, surgiu no século VII por meio de uma
revelação realizada a Muhammad pelo anjo Gabriel.
O islamismo, surgido na Península Arábica no
século VII, é uma das maiores religiões do mundo. A palavra que dá nome à
religião, islã, tem origem no termo islam, do idioma
árabe, que significa submissão. Essa
palavra, por sua vez, tem relação com outra palavra do árabe, salam, que
significa paz.
O adepto do islamismo é conhecido como muçulmano (ou muçulmana), e esse
termo também tem origem no árabe, vem de muslim, que
significa submisso. Assim, muçulmano é aquele que é submisso a Deus, que, no
caso, é Allah. O islamismo, assim como o cristianismo e o judaísmo, é uma
religião monoteísta, isto é, acreditam na existência de apenas
um deus.
Origem
Como mencionado, o islamismo surgiu no século VII,
e, na tradição religiosa muçulmana, o surgimento da religião aconteceu por meio
de Muhammad (mais conhecido em português como Maomé).
O grande profeta do islamismo nasceu em 570 d.C., e durante grande parte de sua
vida trabalhou como comerciante.
A vida de Muhammad mudou quando ele recebeu
uma revelação do anjo Gabriel, no que ficou conhecido
na tradição religiosa muçulmana como Noite do Destino. Os
muçulmanos não adoram Muhammad, mas o consideram como o último de uma série de profetas que trouxeram a
revelação da mensagem de Allah.
Muhammad nasceu e viveu grande parte de sua vida
em Meca, onde, depois da revelação do anjo Gabriel,
ele passou a pregar a mensagem de Allah. Na época, a Península Arábica era
marcada pelo politeísmo, e a época pré-Islã na tradição muçulmana é conhecida
como jahiliah, ou época da ignorância.
A pregação de Muhammad desagradou as autoridades
locais por atacar o politeísmo, e o profeta muçulmano e seus seguidores
passaram a ser perseguidos. Essa perseguição
colocou em risco a vida de Muhammad e seus seguidores, e, então, o profeta do
Islã recebeu um convite para estabelecer-se em Medina. Em
622, Maomé mudou-se para essa cidade, e esse evento ficou conhecido como Hégira.
A Hégira é o marco que iniciou o calendário
islâmico. Uma vez em Medina, Muhammad começou a angariar forças o suficiente para formar um Estado na
cidade, com uma comunidade muçulmana conhecida, em árabe, como Umma. Esse Estado muçulmano formado pelo profeta em Medina garantia a liberdade religiosa para judeus, cristãos e adeptos do
politeísmo.
Após travar inúmeras batalhas, Muhammad conseguiu conquistar a cidade de Meca. Na
tradição muçulmana, conta-se que a conquista da cidade foi realizada de forma pacífica. Ainda
em vida, Muhammad foi responsável pela unificação da Península Arábica (até então a península não possuía
unificação política).
Muhammad faleceu em 632 d.C.,
e depois disso seus seguidores, os califas, trataram de expandir a mensagem do
islamismo por outras regiões da Ásia, África e até da Europa.
Princípios do
islamismo
O islamismo é uma religião monoteísta, sendo assim, os muçulmanos proferem
que só existe um Deus, e ele é Allah. Para os
muçulmanos, Allah é onipotente, onisciente e o criador do Universo.
A crença em Allah é fundamental dentro dessa
religião, e no Alcorão, o livro sagrado dos
muçulmanos (que também é conhecido como Corão), é
frequentemente encontrada a mensagem “em nome de Deus, o clemente, o
misericordioso”. Os muçulmanos também acreditam em profetas, isto é, pessoas escolhidas para trazerem
a mensagem de Allah.
Alguns dos profetas que os muçulmanos
acreditam são:
·
Adão
·
Noé
·
Abraão
·
Moisés
·
Jesus
·
Muhammad
Os preceitos sagrados do islamismo estão compilados
no Alcorão. Esse livro foi compendiado durante 22
anos, de 610 d.C. a 632 d.C., e foi escrito pelos seguidores de
Muhammad. O profeta muçulmano recebia a revelação de Allah,
repassava-a a seus seguidores, que então a compilavam.
Outros escritos que são importantes no islamismo
são a Torá, os Salmos e
o Evangelho (textos que fazem parte da Bíblia
cristã). Os muçulmanos acreditam que Allah julgará a todos em um julgamento final, que
condenará ou salvará as pessoas com base em suas ações em vida. Além
disso, todos os acontecimentos passam pela permissão de Allah.
Os muçulmanos também acreditam na existência de anjos.
Para os muçulmanos existem três cidades
sagradas: Medina, Meca e Jerusalém. Meca é o
local mais sagrado do Islã e onde fica a Caaba, uma
construção sagrada; Medina é onde fica o túmulo de Muhammad; e Jerusalém foi a
cidade à qual o profeta foi transportado por um Buraq, um ser mítico. Lá,
Muhammad encontrou Allah e outros profetas do islamismo.
O islamismo possui cinco
pilares básicos que todo muçulmano deve observar ao longo de
sua vida. Esses são:
- Recitação do credo “não existe nenhum deus além de Allah, e
Muhammad é seu profeta”.
- Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca.
- Realizar o jejum durante o mês sagrado, o Ramadã.
- Realizar a caridade aos pobres por meio da doação de 2,5% de seus
lucros pessoais, o zakat.
- Desde que tenha condições para isso, realizar a peregrinação para
Meca uma vez na vida.
Sunitas e xiitas
Uma das questões mais citadas quando o assunto é
islamismo diz respeito à existência de dois grupos que dividem essa religião: sunitas e xiitas. Esses grupos
representam duas correntes majoritárias dentro do Islã, e a divergência entre
eles remonta à sucessão de Muhammad, que faleceu em 632 d.C.
Os sunitas ajudaram
a escolher Abu Bakr como sucessor de
Muhammad. Abu Bakr, que era amigo do profeta do islamismo, tornou-se um califa
e deu continuidade à expansão dessa religião. Os xiitas, por sua vez, defendiam que o sucessor deveria
ser um parente direto de Muhammad, que, no caso, era Ali Bin-Abu Talib, primo do profeta.
Além disso, os sunitas possuem interpretações mais flexíveis do Alcorão, da Suna,
um importante livro muçulmano (sagrado só para os Sunitas), e da Sharia (lei
islâmica). Os xiitas são mais tradicionais e possuem uma visão mais fechada,
impondo uma observação rígida dos preceitos do Alcorão e da Sharia. Os sunitas são a maioria dentro do mundo islâmico,
correspondendo a cerca de 90% dos muçulmanos.
Os principais países representantes de cada um
desses grupos são Arábia Saudita, no caso dos sunitas, e Irã, no caso dos xiitas. Essa divergência
religiosa, por vezes, alcança o campo político por moldar a política externa e
as relações dos países citados.
Islamismo no Brasil
O islamismo é uma religião pouco difundida no
Brasil e ainda possui poucos fiéis, em comparação ao catolicismo e protestantismo,
por exemplo. O censo de 2010, realizado pelo IBGE, apontou a existência de
apenas 35.167 muçulmanos no Brasil|1|, mas existem
dados que apontam cerca de 1,5 milhão de pessoas muçulmanas no país.
QUESTÕES:
1º.) Cite os 05 pilares do Islamismo que todo
muçulmano deve observar ao longo de sua vida.
a) Quem é muçulmano e quais as características dos seguidores dessa
religião?
b)
Como a terra foi criada de acordo com os
muçulmanos?
2º) O que significa ser muçulmano e porque
o Islamismo é uma religião monoteísta
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