RELIGIÃO DE COSTUME OU RELIGIÃO DE ESCOLHA?
Sabe-se, hoje, uma grande valorização das diferentes culturas e formas de manifestação do humano. Vêm se ampliando, também, o reconhecimento e o respeito pelas diferentes religiões e suas maneiras de vivenciarem e de se relacionarem com o Supremo e o Transcendente. Esse reconhecimento e valorização da diversidade religiosa têm possibilitado um questionamento maior em relação à liberdade religiosa e à consequente escolha.
CF,88
Segundo a
Constituição brasileira, cada indivíduo tem direito à livre escolha de sua
religião. Como é entendido, o respeito pela denominação religiosa e o poder
religioso sobre os sujeitos são influências que interferem na liberdade
religiosa de cada um. Esta liberdade se vê vinculada a uma série de preceitos e
doutrinas. Muitos desses sujeitos ainda não sabem como lidar com isso.
ENTRE A HERANÇA E A LIBERDADE
Sabe-se que, apesar de predominar a religião de costume, no Brasil, existem religiões que primam pelo ato da escolha. Encontram-se, sobretudo, hoje, denominações religiosas que criam seus filhos em meio a uma liberdade muito tranquila, possibilitando uma escolha e opção desejada. Conforme Reginaldo Prandi a religião que se professa hoje já não é aquela na qual se nasce, mas a que se escolhe. A religião que alguém elege para si, hoje, escolhida de uma pluralidade em permanente expansão, também não é necessariamente mais a que seguirá amanhã.
Segundo o padre José Ivo Follmann, estudioso em Ciências das Religiões, existem quatro tipos de religião: 1) religião de herança vivida como um costume ou tradição; 2) religião de herança, mas assumida em seu conteúdo fundamental através de formação, escolha e consciência; 3) religião de herança, mas onde o sujeito vive numa atitude de abertura e busca, experimentando outras religiões ou mesmo escolhendo, por opção, outra; 4) sem religião de herança, podendo escolher, ou não, a sua religião na fase adulta. Muitas religiões colocam as pessoas numa espécie de "horizonte fechado" desde o nascimento, não possibilitando alternativas. O indivíduo é marcado pela religião de seus pais e deve carregá-la consigo até o fim da vida e passá-la adiante. Não fazendo isto, sente-se culpado e considerado infiel, pois não segue os costumes. A religião de costume tende a se esvaziar no seu conteúdo e, sem um bom trabalho de formação, acaba limitando a consciência religiosa.
01.A família influencia na escolha da religião. Marque a resposta Correta:
B) No Brasil predomina a religião de costume.
C) A religião predominante no Brasil é o Candomblé.
D) A pessoa já nasce com uma religião
A) religião de herança vivida como um costume ou tradição;
B) religião de herança, mas assumida em seu conteúdo fundamental através de formação, escolha e consciência;
C)
religião de herança, mas onde o sujeito vive numa atitude de abertura e busca,
experimentando outras religiões ou mesmo escolhendo, por opção, outra;
D)
sem religião de herança porque a pessoa já nasce sem fé em nada.
2. Quais as
diferenças entre religião de costume e religião de escolha?
3. O que
garante a Constituição Federal no que se diz respeito à religião?
4. Por que o
diálogo é importante para o fortalecimento de uma identidade religiosa
consciente?
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